Isto mesmo: razões de estado. Não vamos fazer aqui, por falta de espaço, um tratado histórico. Mas não é possível entender a evolução da Maçonaria sem saber um mínimo do contexto histórico inglês da época.
Simplificando, a Maçonaria floresceu sob Charles II Stuart no trono do Reino Unido. Quando ele morreu sem herdeiro legítimo, seu irmão, James II, converteu-se ao catolicismo e tentou empurrá-lo goela abaixo dos súditos, coisa inaceitável para os ingleses, que o chutaram para fora do trono. Refugiado na França, o rei destronado, seu filho e seu neto representariam sério potencial de instabilidade política para a dinastia Hanover, sucessora dos Stuarts no trono britânico.
A Maçonaria inglesa estava tão dividida quanto o resto do povo. Há evidências de que a criação da Primeira Grande Loja, em 1717, serviu para que a nova dinastia impedisse que as Lojas, um dos mais eficientes canais de comunicação da época, fossem instrumento de disseminação da propaganda jacobita.(2)
Esse estado de coisas ainda perdurava quando da União em 1813. Como os Altos Graus não tiveram origem na Inglaterra, eram olhados com suspeição pela Coroa britânica.
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